Fala Energista!
No artigo de hoje vamos falar sobre como reduzir o custo com energia elétrica, um dos insumos mais expressivos no custo de produtos.
Nesse sentido, empreendimentos como indústrias, condomínios e grandes consumidores de energia, devem levar a sério o consumo de energia para ganhar competividade no mercado, reduzindo sua fatura de energia.
Sendo assim, a procura e a demanda do Consultor de Energia tem sido cada vez maior. Vamos falar neste artigo sobre 8 poderosas possibilidades para redução de custos com energia elétrica, não perca!
O Consultor de Energia é um profissional que domina os conceitos básicos do Setor de Energia e que, de preferência, seja membro da Comunidade Energês.
Portanto, profissional do setor de Energia, esteja atento a estas possibilidades para atuar de forma mais efetiva na sua função e conquistar mais clientes!
Vamos conhecer agora as 8 formas:
#1 - DIMENSIONAR CORRETAMENTE A DEMANDA CONTRATADA
A demanda contratada para consumidores do grupo A é muito importante para definir o custo da fatura de energia de uma unidade consumidora.
Tanto o sobredimensionamento quando o subdimensionamento da demanda pode ser prejudicial para o consumidor “mal contratado”.
Portanto, é necessário prestar atenção ao cálculo da demanda da unidade, através do Fator de Demanda.
Em resumo, o fator de demanda é a relação entre demanda máxima consumida e a potência total dos equipamentos. A partir da demanda máxima será possível determinar a demanda contratada da unidade consumidora.
#2 - ENQUADRAMENTO TARIFÁRIO ADEQUADO
Enquadrar uma unidade consumidora corretamente na modalidade tarifária, seja esta unidade do Grupo A ou do Grupo B, será importante devido as diferentes taxas a serem pagas nos horários ponta de fora ponta.
Portanto, para que haja um bom enquadramento tarifário, é necessário entender o perfil de consumo da unidade consumidora. Assim, será possível identificar em qual tipo de tarifa o consumidor se encaixa melhor
Por exemplo, uma indústria que se enquadra no grupo A. É possível escolher entre a Tarifa Azul e a Tarifa Verde. Logo, se ele possui um consumo maior durante o horário fora ponta, pode ser mais vantajoso aderir a tarifa azul, uma vez que esta modalidade possui um valor de tarifa menor para o consumo na ponta.
Para entender sobre as modalidades tarifárias acesse este artigo.
#3 - ADICIONAR SISTEMA DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Este é um meio eficaz de reduzir os custos com energia elétrica. Implementar um projeto de geração distribuída.
Para consumidores do Grupo B fará com que a tarifa de energia seja reduzida ao custo mínimo de disponibilidade. Para consumidores do grupo A, a cobrança mínima será a demanda contratada.
Por exemplo, se um consumidor do grupo B possui um projeto de geração distribuída de acordo com o consumo abaixo. É possível que o sistema durante um mês compense todo o consumo da unidade do Grupo B. Assim, o consumidor pagará somente o custo de disponibilidade.
No mais, um projeto de geração distribuída permite o acúmulo de créditos de energia válidos por 5 anos. Ou seja, o custo-benefício de um projeto de geração distribuída, geralmente, é vantajoso.
Para saber mais como funciona a compensação de energia, acesse este post.
#4 - ADMINISTRAR O CONSUMO NO HORÁRIO DE PONTA
Em linhas gerais, administrar o consumo no horário de ponta significa otimizar o consumo de energia de uma unidade consumidora, evitando consumo excessivo de energia no horário em que ela é mais cara.
Indústrias, fábricas ou unidades grandes consumidoras, por possuírem instalações de iluminação elevadas, motores, compressores, bombas ou outras máquinas caso optem por operar no horário fora ponta com maior frequência, evitariam consumir energia nos horários de pico e pagar mais por isso.
No mais, caso seja necessário utilizar energia elétrica no horário de ponta, algumas indústrias utilizam geradores à diesel ou a gás natural, que podem trazer um maior custo benefício.
Por exemplo, um galpão responsável por armazenar bebidas e carregar caminhões para serviço de distribuição. O Gestor de Energia do Galpão fará uma requisição para que o abastecimento dos caminhões e a chegada das cargas seja feita dentro do horário fora ponta, assim o galpão consumirá a mesma energia, mas pagará mais barato.
Para entender mais sobre horário Ponta, Fora Ponta e Intermediário acesse aqui.
#5 - CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
Além de ser uma medida de redução do consumo de energia, a correção do fator de potência é uma medida que traz eficiência para as instalações elétricas.
De maneira sucinta, a potência elétrica é formada por três elementos: Potência Aparente, Potência Ativa, e Potência Reativa.
O consumo de energia é faturado pela quantidade de potência ativa consumida ao longo do dia. Já a energia reativa é resultado dos efeitos eletromagnéticos da energia elétrica, presente nas instalações de corrente alternada.
Esta potência reativa não realiza trabalho, no entanto ela é prejudicial para os equipamentos elétricos, prejudicando a qualidade potência elétrica disponível para consumo assim como o balanceamento da rede elétrica
Sendo assim, na fatura de energia dos consumidores de energia do Grupo A, por serem consumidores com uma elevada potência, há a exigência de se manter um fator de potência no mínimo de 0,92, para garantir a qualidade da rede elétrica das distribuidoras.
Caso isso não seja respeitado, o consumidor paga pela energia reativa em excesso. Por isso, é importante balancear o fator de potência da instalação.
Para ajustar o fator de potência, é possível aplicar a instalação de bancos de capacitores, sejam fixos ou chaveados. Ou seja, os bancos de capacitores podem se ajustar a demanda da indústria.
Por exemplo, se uma indústria varia a potência consumida durante sua operação, um banco de capacitores pode ser chaveado de acordo com o perfil de sua operação.
#6 - MONITORAMENTO DO CONSUMO EM TEMPO REAL
Em suma, esta medida de eficiência energética é importante para verificar as variações do consumo de energia ao longo do dia. Isso proporciona o controle mais detalhado do consumo.
Ou seja, monitorar o consumo em tempo real permite localizar ao longo do tempo possíveis pontos de desperdício, pois é possível enxergar as distorções do padrão de consumo através de uma linha temporal.
Este gerenciamento pode ser efetuado através de um analisador de energia instalado no quadro geral de baixa tensão, assim o consumo total é analisado no monitoramento.
Isso possibilita otimizar a utilização dos equipamentos e assim reduzir a fatura de energia.
Também, é possível instalar sensores em equipamentos como ar-condicionados, que analisam a ventilação do equipamento. Caso haja uma queda de rendimento do equipamento, na refrigeração, isso ocasionará um consumo maior de energia elétrica.
#7 - SUBSTITUIR EQUIPAMENTOS POR MAIS EFICIENTES
A substituição de equipamentos mais eficientes é uma medida muito importante para que o consumo de energia diminua, afinal é uma das medidas mais comuns de eficiência energética.
No Brasil, o indicador de equipamentos mais eficientes é o selo PROCEL. Em linhas gerais, o PROCEL é um programa do governo, que promove eficiência energética dos equipamentos indicando ao consumidor quais equipamentos são os mais eficientes, através da categorização abaixo, em que A é o equipamento mais eficiente e E o menos eficiente.
Os equipamentos mais eficientes, além de receberem a qualificação A, recebem o Selo PROCEL, indicando que aquele equipamento consome menos energia em sua categoria.
Portanto, é de suma importância, ao adquirir equipamentos, verificar o indicador do PROCEL para saber se ele possui a melhor eficiência para, com isso reduzir o consumo de energia.
#8 - ESTUDAR VIABILIDADE DE MIGRAÇÃO PARA O MERCADO LIVRE
A migração para o mercado livre de energia traz benefícios financeiros pelo fato de poder contratar energia elétrica diretamente com os geradores e comercializadores de energia.
Ou seja, o preço da energia contratada será mais barato, pois é possível negociar com diferentes fornecedores.
Em suma, a migração para o mercado livre de energia é possível para dois tipos de consumidores:
– Consumidores Livres: Devem possuir, no mínimo, 2.000 kW de demanda contratada para poder contratar energia proveniente de qualquer fonte de geração. Estes limites serão reduzidos em 2021 para 1.500 kW, 2022 para 1.00 kW e 2023 para 500 kW, segundo a Portaria MME 465/2019.
– Consumidores Especiais: Devem possuir demanda contratada igual ou maior que 500 kW e menor que 2.000 kW, requisito que também irá reduzir em função da Portaria MME 465/2019, até que esse consumidor seja extinto.
Contudo, pela complexidade do Mercado de Energia brasileiro, é importante avaliar a migração para o mercado livre de energia com profissionais especializados.
Gostou dessas 8 super dicas?
Se você quer se aprofundar, obter planilhas e materiais que vão te dar o suporte para atuar nestas áreas, venha para a Comunidade Energês:
Até o próximo artigo!