Bora dar continuidade à Hidrometria? E aos Métodos Hidrométricos?
No último post conceitual, explicamos o que é o Molinete Hidrométrico.
Hoje vamos falar mais um pouquinho sobre outros métodos de medição e acompanhamento de velocidade e vazão.
A determinação da vazão envolve medidas de uma série de grandezas geométricas da seção e de medida de velocidade em pontos com as coordenadas conhecidas.
A medição de descarga líquida é todo processo empírico utilizado para determinar a vazão líquida de um curso de água.
Os métodos hidrométricos que vamos conhecer hoje são: flutuadores, vertedor, ADCP, processos químicos.
– Flutuadores: o método dos flutuadores mede a velocidade, onde basta observar o tempo necessário para um objeto flutuante deslocar-se num trecho de rio de comprimento conhecido. O flutuador pode ser uma garrafa com água dentro, um pedaço de madeira, etc.
Imagem: Samuel Cabral
– Vertedor: esta medição consiste em fazer passar todo o volume d’água em vertedores retangulares e triangulares. A medida da vazão é encontrada através de fórmula com base na variação do nível em função da crista do vertedor. Indica-se somente para riachos e pequenos córregos.
Imagem: Commetro
– Acústico: ou como conhecido ADCP é um equipamento utilizado para medir a velocidade da água através de transmissão de pulsações acústicas. Na verdade, é um sonar que utiliza o som para medir a velocidade da água através do efeito Doppler.
Imagem: Clean
– Processos químicos: Consiste em lançar no curso de água em estudo uma vazão constante de uma solução que não seja encontrada em grande quantidade nessas águas e, a jusante, medir a concentração dessa solução comparando-a com a concentração natural do curso. Este método deve ser utilizado em águas turbulentas para garantir uma boa dissolução da substância, evitando, assim, um mascaramento do processo.
Imagem: Dpi, INPE
Existem outros métodos hidrométricos também, mas o melhor entendimento da temática estudada é pela união do fundamento teórico com a caracterização técnica do processo.
Então, antes de executar qualquer método, vale a pena estudar como será dada a execução no canal do rio ou no curso do empreendimento hidrelétrico, para os estudos (por exemplo hidrograma de cheias, médias de escoamento…) para tomada de decisões em processos de outorga, definições sobre medidas estruturais e não estruturais em eventos críticos (cheias e estiagens), entre outros aspectos que para acompanhamento da vida útil das instalações.