Fala Energista! Você já imaginou que o consumo de energia é um dos principais indicadores do desenvolvimento econômico e do nível de qualidade de vida de qualquer sociedade?
Indicadores de consumo de energia refletem tanto o ritmo de atividade dos setores industrial, comercial e de serviços, quanto a capacidade da população para adquirir bens e serviços tecnologicamente mais avançados.
Aqui neste post você vai entender tudo sobre:
– Quem usa a energia no Brasil;
– Consumo de energia elétrica;
– Impactos da pandemia no consumo de energia elétrica.
Quem usa a energia no Brasil
Energia é qualquer forma de utilização de fontes de energia disponíveis para movimentar veículos, preparar a comida, gerar eletricidade, etc.
Então, onde a energia é usada no Brasil? Quem são os maiores consumidores de energia elétrica?
Agora, vou te mostrar quem são os usuários de energia no Brasil.
De acordo com o BEN – Balanço Energético Nacional 2020, onde o ano base é 2019:
– Houve uma evolução de 1,4% na oferta interna de energia (total de energia disponibilizada no país) energia em relação ao ano anterior, atingindo um total de 294,0 Mtep em 2019.
– O incremento das fontes eólica e solar na geração de energia elétrica (perda zero) e o avanço da oferta de biomassa da cana e biodiesel contribuíram para que a matriz energética brasileira se mantivesse em destaque renovável muito superior ao observado no resto do mundo.
Também em 2019, o setor de transporte superou a indústria no aspecto de consumo de energia. Isto aconteceu pelo segundo ano consecutivo!
No mais, a produção industrial e transporte de carga/passageiros respondem por aproximadamente 63% do consumo de energia do país.
Quer saber mais sobre as fontes de energia? Acesse esse post aqui no blog!
O consumo de energia elétrica
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a demanda global de eletricidade crescerá a uma taxa 2,1% ao ano até 2024.
No Brasil, podemos observar que não é diferente. O consumo final de eletricidade no país apresentou uma progressão de 1,3% entre 2018 e 2019.
Os setores que mais contribuíram para este aumento foram os setores residencial, comercial, energético e público.
O setor residencial expandiu o seu consumo em 4,8 TWh (+3,5 %). Já o setor comercial cresceu 4,1 TWh (4,5 %), o energético 1,3 TWh (+4,1 %) e o público 0,9 TWh (+2,1%).
O gráfico abaixo mostra uma comparação mais didática com os dados percentuais de variação do consumo de eletricidade de cada setor (comparação entre 2018 e 2019).
Note que apenas o setor industrial sofreu retração na variação do consumo de eletricidade. Isto pode ser justificado em decorrência da queda da atividade dos segmentos de aço e celulose.
O Brasil está no ranking dos dez maiores consumidores de energia. Sendo um dos líderes mundiais na produção de energia através de fontes renováveis.
É importante destacar que o aumento da demanda de eletricidade no mundo foi uma das principais razões pelas quais as emissões globais de CO2 do setor de energia atingiram um recorde em 2018.
Por isso, a importância de possuir uma matriz energética mais renovável possível!
Porém, apesar desta tendência de crescimento, observa-se que o ano de 2020 foi um ano atípico devido à pandemia do Coronavírus. Logo mais, te mostro qual foi o impacto real da pandemia no consumo de energia.
Os indicadores de consumo de energia estão diretamente ligados à geração de energia em um país, ou seja, a demanda de consumo dita projeções para geração de energia.
Impactos da pandemia no consumo de energia
Primeiramente, é importante lembrar que a diminuição da atividade econômica devido à pandemia fez com que o consumo de energia no ano de 2020 diminuísse.
Durante o período de março (início da pandemia), houve redução de consumo de energia no mercado livre e no mercado cativo.
O mercado livre apresentou redução de 18%. Já o mercado regulado, de 13%.
Contudo, o ápice de redução do consumo nacional foi atingido em março/abril do mesmo ano, refletindo o auge da pandemia.
Existe uma ferramenta bem interativa no site da CCEE mostrando a base diária do consumo de energia elétrica no SIN.
Nesta ferramenta você pode analisar possibilidades de cruzamentos, o consumo através de filtros, como por exemplo: tipo de mercado e submercado, estados, classes, ramos… tudo de acordo com seu interesse!
A ferramenta está disponibilizada aqui.
Ao analisar o desempenho do consumo de energia por ramo de atividade, é possível notar que a indústria automotiva e o segmento têxtil ainda lideram as maiores quedas no mercado livre.
O setor de veículos apresentou, no início da pandemia (mês de abril) recuo de 65,6% no consumo de energia. Já a área têxtil registrou retração de 46,3% também no mesmo período.
Porém, a retomada do consumo de energia começou a acontecer em junho de 2020. Com um aumento de consumo geral de quase 13% comparado ao início da pandemia.
Pela ferramenta da CCEE do consumo de energia no SIN, conseguimos analisar que no período de início de pandemia (abril/20), o consumo de energia elétrica no Brasil sofreu redução de 12,1%.
Porém, considerando o período de 1 ano (nov/19 – out/20), o percentual de redução do consumo de energia elétrica no Brasil obteve redução de apenas 2%.
De acordo com o Consumo de energia no SIN, as regiões do Brasil que tiveram mais impactos no consumo de energia elétrica foram:
Por fim, é perceptível observar que o consumo de energia no Brasil já está retomando os níveis anteriores à pandemia.
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Até a próxima
Joi e Equipe
A queda de consumo quase insignificante (proporcionalmente aos outros territórios) na região norte sugere que praticamente não houve redução na atividade econômica, ou seja, o “lockdown” praticamente não ocorreu. Isso explicaria, talvez, a explosão de casos de Covid-19 observada em Manaus…
Agora seria interessante observar até que ponto o aumento de consumo significa uma retomada da atividade econômica. Há que se notar o astronômico crescimento da atividade Transporte… Muito interessante.