Olá Energista! Você lembra que contei a História da Energia Solar? Então, hoje vou te contar a História da Energia Eólica.
Quantas vezes nos perguntamos Como, Quando, Onde? E Quem utilizou o vento para produzir energia?
Surgimento da Energia Eólica
A energia eólica é conhecida pelo homem há mais de 3.000 anos.
De ante mão a história da energia eólica começa quando civilizações utilizavam a força do ventos, por meio de cata-ventos, para moer grãos, bombear água e transportar mercadorias em barcos a vela.
Com o avanço da agricultura, o homem necessitava cada vez mais de ferramentas que o auxiliassem nas diversas etapas do trabalho. Muitas tarefas como a moagem dos grãos e o bombeamento de água exigiam cada vez mais esforço braçal e animal.
Isso levou ao desenvolvimento de uma forma primitiva de moinho, que possuía um eixo vertical acionado por uma longa haste presa a ela.
As tais chamadas PANÊMONAS CHINESAS ainda tinham a possibilidade de variar a posição das pás conforme a ação do vento.
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Idade Média e a Energia Eólica
Na Europa surgiram, por volta de 1430, os MOINHOS DE VENTO.
Com a função de moer grãos e também capazes de controlar e drenar o excesso de água em regiões abaixo do nível do mar.
Os moinhos de bombeamento Holandeses possuíam desenhos bastante detalhados. A base era construída em pedra, torre em madeira e pás que formavam um diâmetro de até 30 m.
As máquinas primitivas persistiram até o século XII quando começaram a ser utilizados moinhos de eixo horizontal na Inglaterra, França e Holanda, entre outros países. Os moinhos de vento de eixo horizontal do tipo “holandês” rapidamente disseminados em vários países da Europa.
Esta construção aparece documentada em registros alemães no século XIII e em desenhos de Leonardo da Vinci entre 1452 e 1519.
Durante a Idade Média, na Europa, a maioria das leis feudais incluía o direito de recusar a permissão à construção de moinhos de vento pelos camponeses, o que os obrigava a usar os moinhos dos senhores feudais para a moagem dos seus grãos.
Bem como, existiam leis que proibiam a plantação de árvores próximas ao moinho assegurando, assim, o “direito ao vento”.
Os moinhos de vento na Europa tiveram uma forte e decisiva influência na economia agrícola por vários séculos.
Com o desenvolvimento tecnológico das pás, sistema de controle, eixos etc, o uso dos moinhos de vento propiciou a otimização de várias atividades utilizando-se a força motriz do vento.
Progresso ao longo dos anos
As únicas máquinas de tração não animal capazes de fornecer energia mecânica eram os moinhos de vento, até o aparecimento da máquina à vapor no século XIX.
Ao final do século XVIII eram facilmente encontrados em campos europeus, no entanto, os moinhos de vento eram raros em países de toda América.
Na segunda metade do século XIX nos EUA as turbinas eólicas foram adaptadas aos avanços científicos e as novas necessidades.
Acredita-se que na época, mais de 6 milhões de MOINHOS MULTI-PÁS AMERICANO (como conhecidos) tinham sidos fabricados e instalados somente nos Estados Unidos para o bombeamento d’água em sedes de fazendas isoladas e para abastecimento de bebedouros para o gado em pastagens extensas.
Toda a estrutura era feita de metal e o sistema de bombeamento era feito por meio de bombas e pistões, favorecidos pelo alto torque fornecido pela grande número de pás.
Os cata-ventos de múltiplas pás foram usados também em outras regiões como a Austrália, Rússia, África e América Latina.
Na atualidade ainda se utiliza este tipo de bomba guardada devidas proporções. Existem também, até o momento, fabricantes deste tipo de máquina na intenção de produzir máquinas com custo de manutenção cada vez menor.
Aerogerador para Energia Elétrica
O início da adaptação dos cata-ventos para geração de energia elétrica teve início no final do século XIX. Em 1888, Charles F. Bruch, um industrial voltado para eletrificação em campo, ergueu na cidade de Cleveland, nos EUA, o primeiro cata-vento destinado à geração de energia elétrica. Que, agora, podemos chamar de aerogerador não é mesmo?
Era um aerogerador que fornecia 12kW em corrente contínua para carregamento de baterias, as quais eram destinadas, sobretudo, para o fornecimento de energia para 350 lâmpadas incandescentes.
A roda principal, possuía 144 pás, 17 m de diâmetro em uma torre de 18 m de altura. Todo o sistema era sustentado por um tubo metálico central de 36 cm que possibilitava o giro de todo o sistema acompanhando, assim, o vento predominante. Por 20 anos o sistema esteve em operação, sendo desativado em 1908.
Aliás, esse invento foi o primeiro e mais ambicioso teste de combinação de aerodinâmica, estrutura dos moinhos de vento e as recentes inovações tecnológicas na produção de energia elétrica.
Na Europa, por volta do ano de 1890, houve o interesse na ENERGIA EÓLICA COMO FONTE DE ENERGIA ELÉTRICA. Surgiu então o primeiro programa governamental incentivando o desenvolvimento eólico.
Entre 1897-1904 foram construídas mais de 70 turbinas com potências em torno de 25 kW. Porém ainda não havia conexão com a rede elétrica.
Tecnologia aeronáutica também havia sido testada. Através do desenvolvimento de PÁS PARECIDAS COM AS ASAS DOS AVIÕES.
Essa tecnologia, por volta dos anos vinte, foi utilizada na Turbina Jacobs, com um sistema eólico, produzido nos EUA.
Foram produzidas mais de 100.000 unidades, para uma velocidade de ventos de mais ou menos 5,5 m/s, e com 1 kW de potência aproximadamente.
Em, 1927, na França, Darrieus desenvolveu sua TURBINA DE EIXO VERTICAL.
Um dos primeiros passos para o desenvolvimento de aerogeradores de grande porte para aplicações elétricas foi dado na Rússia em 1931.
O aerogerador Balaclava, era um modelo avançado de 100 kW conectado, por uma linha de transmissão de 6,3 kV de 30 km, a uma usina termelétrica de 20 MW. Essa foi a primeira tentativa bem sucedida de se conectar um aerogerador de corrente alternada com uma usina termelétrica.
O gerador e o sistema de controle ficavam no alto da torre de 30 metros de altura, e a rotação era controlada pela variação do ângulo de passo das pás. Sendo ao todo medido uma energia de 280.000kWh.ano, o que significa um fator médio de utilização de 32%.
Portanto, energia eólica na geração de energia elétrica não pode ser considerado uma tecnologia moderna porque surgiu exatamente com o desenvolvimento da eletricidade.
Evolução da Energia Eólica
A Segunda Guerra Mundial contribuiu para o desenvolvimento dos aerogeradores de médio e grande porte, uma vez que os países se empenhavam para economizar combustíveis fósseis.
Os Estados Unidos, em 1941, desenvolveu um projeto de construção do maior aerogerador até então projetado.
O aerogerador Smith-Putnam, apresentava 53,3 m de diâmetro, uma torre de 33,5 m de altura e duas pás de aço com 16 toneladas. Além do mais, foi usado um gerador síncrono de 1.250 kW com rotação constante de 28 rpm, que funcionava em corrente alternada, conectado diretamente à rede elétrica local.
Em 1952 (Dinamarca) ocorreu um marco primordial, que foi a elaboração do MAPA EÓLICO.
Também, na década de cinquenta, foi desenvolvido um raro modelo de aerogerador de 100kW com as pás ocas e com a turbina e gerador na base da torre. Porém, foram abandonados por problemas operacionais e principalmente por desinteresse econômico.
Em 1957 (Dinamarca) surgiu o aerogerador Gedser, com potência de 200 kW com 24 m de diâmetro de rotor. Uma planta altamente instrumentada, apresentava três pás e era sustentado por uma torre de concreto.
O sistema forneceu energia em corrente alternada para a companhia elétrica SEAS, no período entre 1958 e 1967, quando o fator de capacidade atingiu a meta de 20% em alguns dos anos de operação.
Anos depois surgiu o AEROGERADOR MOD-I, com potência de 2 MW. E em 1987 (Hawai), o AEROGERADOR MOD-5B já possuía uma potência 3,2 MW e pás de 100 m de diâmetro.
Você percebeu que ao longo dos anos a altura dos aerogeradores e suas pás vão ficando cada vez maiores? Qual tamanho de pás teremos no futuro?
Como está atualmente a Energia Eólica?
Resultados satisfatórios, de superação de metas e aumento da confiabilidade das máquinas, foram atingidos após anos.
O interesse das companhias elétricas levou a construção de protótipos com rotores de 100 m diâmetro.
Mas, atualmente ainda busca-se uma melhoria em relação a potência de aerogeradores e ao tamanho de máquinas.
SUGESTÃO DE FILME
Assista o filme “O MENINO QUE DESCOBRIU O VENTO”, ele conta a história real e inspiradora de William, que vê sua vila, uma comunidade africana, entrar em colapso devido à seca e a fome, Wiliam descobre no vento uma possibilidade de salvação. Assista, é incrível!
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Quer se aprofundar mais e se tornar um expert da área de Energias Renováveis?
Até a próxima.
Joi e equipe.
Gostei muito dessa matéria.
Instalei um no meu sítio, mas não deu certo não.
O catavento prometia 5 kw de potência, mas não gerou nada.
Vou partir pra geração solar.
Olá Ednaldo. Obrigada! Que bom que busca sempre por fontes renováveis e é importante se atentar na intermitência delas.
Unir as duas fontes vai lhe trazer maiores benefícios.
Muito obrigada! Esses textos me ajudaram muito, por isso amo fazer trabalhos ao invés de provas, você ganha mais conhecimento sobre a matéria e em sites para confiar!
Olá Vitória, como vai?
Ual que bacana ler isso, demonstra que você é dinâmica e entende que o aprendizado vem por várias formas.
Sempre que precisar conte conosco!
estava precisando de conteudo para meu trabalho da escola, li esse adorei demais e eu consegui entender melhor, obrigada
Olá Lais, como vai?
Ah que incrível seu feedback, conte conosco sempre que precisar!
Vim interessadissima e curiosa em saber como se deu a tecnologia para energia renovável e sustentável como a eólica…e isso graças ao filme Homem de Sorte, que acabei de olhar na Netflix.
Olá Yokyko, como vai?
Obrigada pela indicação de filme =D
Eu amei a noticia ainda mais que estou estudando sobre ela amei 10/10 a eu já assisti o filme
Olá Isabelly! Que bom que gostou do artigo e da dica de filme.
posso usar trechos do seu artigo pro meu TCC ? sabe me dizer como referenciar ?
Ola Luís, Aqui está uma sugestão de como referenciar o artigo no formato da ABNT:
ENERGÊS. História da energia eólica. Disponível em: https://energes.com.br/historia-da-energia-eolica/. Acesso em: [data de acesso].