Hoje vou sanar a dúvida que mais recebi nos últimos dias: Joi o biogás de aterro tem o que de diferente?
À primeira vista o parece ser distinto dos demais. Entretanto, o que difere o das demais alternativas de geração em biogás (ex. com dejetos suínos, rejeitos orgânicos, esgoto…) é que no aterro não há um biodigestor propriamente dito.
Ou seja, o processo de biodegradação inicialmente ocorre em contato com o ar, diferente do processo hermético dos biodigestores.
Para tanto, neste tipo de processo a primeira fase é a digestão aeróbica, seguindo posteriormente para a digestão anaeróbia.
A primeira, aeróbica, acontece no período de decomposição do lixo no solo, ocorrendo à redução de oxigênio e assim formando a segunda fase.
Depois de depositado em um aterro sanitário, o lixo ou como chamado de resíduos sólido urbano (RSU), começa a sofrer ação imediata de todos os processos químicos, físicos e biológicos desta grande massa.
Em sequência, incluindo também o período de transição entre as fases, ocorre a segunda fase, a anaeróbia. Onde a ação dos microrganismos transformam a matéria orgânica em biogás, chamado biogás de aterro.
Usos do biogás de aterro
O biogás de aterro possui uma menor concentração de CH4 (aproximadamente 40 a 55%) se comparado ao biogás produzido em biodigestores.
Mas isso não quer dizer que não possa ser usado!
O mesmo possui diversos utilizações, como por exemplo:
– Queima em flare para uso em créditos de carbono;
– Venda direta do gás como substituição do gás natural;
– Produção de Energia Elétrica;
– E em menor escala, tem a transformação do biogás em biometano, para utilização em veículos.
Portanto, o biogás de aterro tem suas peculiaridades, porém, cada projeto deve ser avaliado, de acordo com as potencialidades do local.
Fonte: Rac Saneamento, 2018.
Fonte: Termoverde.