A digestão anaeróbia sempre ocorreu na natureza.
A digestão anaeróbia é um processo biológico, através do qual a matéria orgânica é convertida principalmente em metano, dióxido de carbono e água, na ausência de oxigênio.
Além do mais, o processo ocorre dentro de um biodigestor onde ocorre a mistura de água e substratos (matéria orgânica), para que assim aconteça a fermentação controlada.
(Conheça aqui uma das partes do biodigestor, o gasômetro).
O que geralmente encontramos sendo utilizados como principal fonte para esta transformação são:
vinhaça, palha e bagaço de cana-de-açúcar, palha de arroz, caroço de algodão, bagaço e caroço de frutas, esgoto, resíduos de podas e capinas, e dejetos de animais, caso dos bovinos, suínos, frangos e até de peixes.
Ou seja, a digestão anaeróbia é a decomposição natural da matéria orgânica, onde obtém-se o biogás e um composto.
O composto tem potencial de comercialização para utilização como fertilizante orgânico para solos.
Entretanto, em termos de energia:
o biogás, tem potencial de geração de energia elétrica e térmica, que pode ser usada para autoconsumo ou comercializada, por meio do uso de combustível veicular (biometano) ou para injeção em redes de gás (motores, turbinas, cogeração).
A digestão anaeróbia de resíduos poluentes vem despertando grande interesse e sendo utilizada, com sucesso.
Obtém-se cerca de 50% à 70% de metano (CH4) numa transformação dessas. Em termos de energia isso representa um poder calorífico de entre 5000 à 7000 kCal/m3.
Nesse sentido, abaixo observa-se o quanto 1 litro de biogás equivale para outras fontes de energia.
Logo, o biogás compete bem com outras fontes não é mesmo!? Um exemplo também palpável é comparando com a energia elétrica.
Um metro cúbico (1 m3) de biogás é equivalente a 6,5 kWh de energia elétrica. E sabendo que a eficiência dos sistemas de cogeração variam entre 30 à 38%, tem-se uma geração de 1,95 e 2,47 kWh.
Ao criar valor a partir de resíduos orgânicos, há uma produção de uma energia de fonte renovável, além de um rendimento regular e seguro.
Interessante essa nova forma de energia.
Olá Marco! Bacana mesmo, esse post é mais conceitual, então fica de olho pelo blog que vamos colocar também conteúdos mais elaborados desse tema.